5 de jul. de 2025

Novas possibilidades para a Missão - Parte 2

 

Esta postagem é sequência das anteriores e faz parte de um texto maior, sobre MISSÃO; cujas partes estão publicadas aqui a partir de  9 de junho de 2025. O texto completo foi dividido em várias pequenas postagens para facilitar a leitura. Sugiro que você leia antes as postagens anteriores (a partir de 9 de junho) para ter a visão completa do conteúdo até o momento.

Na postagem anterior comecei a apresentar o que considero como novas possibilidades para a Missão, nestes tempo em que o cristianismo parece perder o sentido. Assim, abordei o tema da Tradição. Agora, dou sequência ao que entendo ser as novas possibilidades.

2 - Dois desafios para a Missão

No processo de retorno ao Movimento de Jesus, temos de considerar situações bem específicas: 

2.1 - Recuperar a dinâmica de movimento e a mudança de paradigmas sobre a fé e sua vivência nas comunidades de fé existentes (vinculadas ou não a uma Instituição histórica). Ou seja, um processo de reeducação das comunidades existentes, para que compreendam e atuem como parte de um grande movimento evangelizador (anunciador do Reino de Deus – um novo mundo!). Não vou tratar disso aqui, mas é uma tarefa urgente: uma noiva catequese e um processo de educação cristã corajoso e insistente, buscando o real significado da Tradição.

2.2 - Buscar as pessoas ditas “desigrejadas”, e caminhar com elas, identificando seus anseios, suas frustrações e se apresentar como um espaço de cura e recuperação da esperança.  Uma atenção especial a esse grupo requer uma postura lúcida e renovadora.

3 - Pessoas Desigrejadas, Descrentes, Crentes Independentes, etc.

Essas categorias surgiram como tema sociológico (e teológico) mais recentemente, e cada uma delas é bem específica. Mas todas elas trazem, em seu inconsciente, a frustração com os modelos religiosos existentes. É preciso compreendê-las e colocar-se em diálogo com elas.

Não é uma fala apologética (apologias são monólogos), mas realmente diálogo (palavra compartilhada), sem preconceitos e sem segundas intensões de “conquista”.  Não mais o antigo desafio de “levar almas para Jesus”, mas ser sinal desse Cristo presente com essas pessoas, para que O vejam além das estruturas institucionais e doutrinárias. 

O diálogo deve partir do ponto de vista destas pessoas; não se trata de contradizer, mas considerar que tal posicionamento tem raízes que vão além de uma argumentação meramente racional. A negação da fé,  na maioria das vezes, advém da frustração de uma busca perdida, a busca pela transcendência. O que existe e é oferecido como resposta à essa busca, não satisfaz muitas pessoas que buscam com senso crítico. 

O problema é que, erroneamente, se leva o assunto para o campo filosófico, e então as respostas aparecem como doutrinas prontas; doutrinas dogmáticas. Exatamente o que aquelas pessoas NÃO estão buscando.

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4 comentários:

  1. Caramba! entendo que publicar em partes é um modo de vencer a preguiça que as pessoas tem de ler hoje em dia. Mas, tá picadinho demais. Parece novela da televisão... Pode mandar o texto completo?? Eu leio! Prometo!

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    1. Eu ainda estava fazendo correções na postagem e chegou seu comentário! Tá sem nada pra fazer, mano? (rsrsrsrs). Não posso mandar o texto completo, porque ainda não está pronto. Vou escrevendo aos poucos. Já tem mais do que foi publicado, mas ainda está pela metade (acho!). Tenha paciência; afinal, não sou alemão rsrsrs

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  2. Uma pergunta, sem ser sobre a postagem. Na descrição do bloghue, abaixo do título, você fala que pirilampos ERAM, usa o passado. Por que? Não existem mais? Por aqui onde vivo, existem rsrsrsrs!

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    1. Acho que vc foi a única pessoa a perceber isso: "pirilampos" estão no passado. Não sei se ainda existem, mas fazem muitos anos que não os vejo... e já não os via quando iniciei o blog; Como o ser humano "civilizado" destrói a natureza, pensei que já não existiam mais. Maravilhoso saber que ainda existem!

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