20 de mai. de 2011

Porque não quero ser “politicamente correto” (3)

De uma vez por todas(os), entendam porque não sou, não quero ser, “politicamente correto”, uma hipocrisia(o) que importamos dos EUA, terra de gente neurótica(o) formada(o) em bases fundamentalistas... (claro, tem estadunidense(o,a)  que não é idiota(o), nem neurótico(a)!)
Vejam só este comentário… no humor dos erros do Novaes, uma crítica ferina à essa mania terrível de brincar com educação, fazendo de conta ser “educador(a)” moderninho(a).
LIVRO PARA INGUINORANTES (do Blog do Novaes - www.jblog.com.br/novaes.php?itemid=26806)
Confeço qui to morrendo de enveja da fessora Heloisa Ramos que escrevinhou um livro cheio de erros de Português e vendeu 485 mil ezemplares para o Minestério da Educassão. Eu dou um duro danado para não tropesssar na Gramática e nunca tive nenhum dos meus 42 livros comprados pelo Pograma Naçional do Livro Didáctico. Vai ver que é por isso: escrevo para quem sabe Portugues!
A fessora se ex-plica dizendo que previlegiou a linguagem horal sobre a escrevida. Só qui no meu modexto entender a linguajem horal é para sair pela boca e não para ser botada no papel. A palavra impreça deve obedecer o que manda a Gramática. Ou então a nossa língua vai virar um vale-tudo sem normas nem regras e agente nem precisamos ir a escola para aprender Português.
A fessora dice também que escreveu desse jeito para subestituir a nossão de “certo e errado” pela de “adequado e inadequado”. Vai ver que quis livrar a cara do Lula que agora vive dando palestas e fala muita coisa inadequada. Só que a Gramatica eziste para encinar agente como falar e escrever corretamente no idioma portugues. A Gramática é uma espéce de Constituissão do edioma pátrio e para ela não existe essa coisa de adequado e inadequado. Ou você segue direitinho a Constituição ou você está fora da lei - como se diz? - magna.
Diante do pobrema um acessor do Minestério declarou que “o ministro Fernando Adade não faz análise dos livros didáticos”. E quem pediu a ele pra fazer? Ele é um homem muito ocupado, mas deve ter alguém que fassa por ele e esse alguém com certesa só conhece a linguajem horal. O asceçor afirmou ainda que o Minestério não é dono da Verdade e o ministro seria um tirano se disseçe o que está certo e o que está errado. Que arjumento absurdo! Ele não tem que dizer nada. Tem é que ficar caladinho por causa que quem dis o que está certo é a Gramática. Até segunda ordem a Gramática é que é a dona da verdade e o Minestério que é da Educassão deve ser o primeiro a respeitar.
Que confusão é essa de confundir correto com adequado? Já sei! Tem aquele velho papo de perguntar quem define o que é “certo” ou “errado”! O tal “relativismo” que, aliás, não é o tal que falava Albert Einstein.

Infelizmente, (ou felizmente? quem define?) a vida em sociedade tem de ter instituições, convenções, autoridades, normas. Uma sociedade realmente madura politicamente tem seus meios institucionais de definir, avaliar e modificar tais definições. Elas podem ser mudadas, mas não podem ser relativizadas; nem os anarquistas do século XIX pensavam assim; pelo contrário, fundamentavam muito bem suas posições sem apelar para sentimentos “inclusivos”!

Nesse negócio de garantir direitos de inclusividade, tenho algumas propostas:
- pessoas que sofrem de distúrbios gastrointestinais devem ter o direito de peidar quando e onde bem entenderem, para não serem excluídos por seu estado de saúde, o que não deixa de ser uma deficiência física (afinal, há algo de podre nos seus intestinos, embora não se saiba ao certo quem tem o poder para definir o que seja “podre”, e é bem provável que todo mundo tenha algo de podre em seus intestinos); vale o mesmo para arrotos nos casos de gastrite aguda.
- assim como o fumar faz mal para pessoas pretensamente saudáveis, também muitos perfumes devem ser proibidos em lugares fechados por respeito aos que têm alergia aos seus aromas;
- políticos corruptos devem ter o direito garantido de fazer suas maracutaias, uma vez que não é aceitável que alguém defina o que seja corrupção, afinal tudo depende do ponto de vista;
- claustrofóbicos devem ter o direito de andarem em elevador sem paredes por isso todos os edifícios com mais de 3 andares devem ter um elevador sem paredes;

Se a questão é falta de bom senso (afinal quem define o que é bom?) a gente logo arruma um monte de motivos para defender direitos inalienáveis…

Já pensou se a gente fosse incluir os psicopatas serial-killers? afinal os coitadinhos têm um distúrbio mental e não podem ser excluídos por isso… aliás, quem disse que roubar é errado? cleptomaníacos devem ter seus direitos garantidos, não podem ser excluídos por causa de sua deficiência psíquica causada sabe-se lá por traumas de infância na relação com a autoridade paterna…

É uma pena que questões sérias como os Direitos Civis sejam confundidas com babaquices de quem não consegue vislumbrar horizontes amplos quando olha além do seu próprio umbigo (aliás, quem define o “horizonte”? e quem define o que seja “amplo”? será que alguém vai relativizar o umbigo? afinal, os umbigos não são iguais, cada um tem o seu e deve ter o direito de tê-lo e de mirá-lo).

Há coisas que realmente não são adequadas, mas há coisas que são erradas! É exatamente esse mesmo raciocínio  de confundir adequado com certo, que, nos EUA, condena negros pobres à morte por homicídio mas justifica invadir e bombardear terras alheias em nome da liberdade e da democracia para garantir a paz… (quem define o que é “paz”, “liberdade” e “democracia”? – essa última confundida com ditadura da maioria…)

Tem gente ai confundindo Ética Contextual – que é decorrente de uma reflexão filosófica – com ignorância simplista moderninha.

Espero que o tal livro da fessora Heloisa Ramos, a que se refere o Novaes, tenha sido inpréço em papel politicamente correto, por respeito aos eucalipitus e outras fontes naturais de seluloze, pois isso seria realmente adequado; afinal é muito adequado usar papel higiênico feito de papel reciclável; cocô não merece a morte de árvores!! aliás, cocô é bom para adubar árvores (por isso, é politicamente correto fazer cocô ao ar livre em parques públicos!?)  
===/===

Um comentário:

  1. Olha, eu concordo que há muitos exageros nesse lance de "politicamente correto", "inclusões", etc. Mas há muitas propostas que realmente são relevantes. Entendo a tua indignação, e partilho dela em muitas situações, mas tu hás de convir que apesar dessas babaquices, há coisas que realmente estão corretas, sem ser relativista, rsrsrs! Beijo.

    ResponderExcluir

Obrigado pelo seu comentário.
Ele será submetido à avaliação, e se aprovado, será postado.
Este não é um blog de debates ou discussões, mas de reflexão.