9 de nov. de 2009

Minha visão de ecumenismo

Ecumenismo é ação entre pessoas de boa vontade e de diferentes religiões e culturas; não é resultado de "diálogos" institucionais, nem acontece através de "acordos" entre instituições, porque o Povo de Deus não é uma instituição.

Ecumenismo é mais que "diálogo"! Ser ecumênico é reconhecer que a infinitude de Deus - a Sua Transcendência - é muito maior que nossa capacidade de compreendê-La, e se revela como bem quer. Ser ecumênico é, essencialmente, reconhecer nas diferenças, as muitas faces do Ser Altíssimo, e - com ações de boa vontade e cooperação - manifestar a Paz e a Misericórdia.

Demonizar o diferente é dar aos "poderes das trevas" mais força do que realmente têm, é colocar em Deus uma limitação de identidade... a nossa própria!

Deus nos criou diversos, e fez do universo a diversidade, para que o conjunto revele que Eles (Ele/Ela) habitam em comunidade (que nós, cristãos, chamamos de Trindade).

(este texto é de minha autoria; não culpo ningém por ele; é meu ponto de vista depois de 40 anos como militante no movimento ecumênico, inclusive no ecumenismo institucional - já pensei diferente...)
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2 comentários:

  1. Profundo!

    O que mais temos visto são pessoas demonizando os diferentes, excluindo a diversidade, abominando a pluralidade, e propagando a intolerância.
    A maioria dos "evangélicos" não querem o Ecumenismo, porque, desinformados como são, pensam que o Ecumenismo é católico romano - estes são os pentecostais.
    Os Metodistas não querem mais "ser" ecumênicos, porque a igreja católica está "metida nisso" (Ecumenismo Institucional). Os Presbiterianos do Brasil, recentemente retiraram -se da mesa de "negociações" porque não se sentam com os católicos romanos (Ecumenismo Eclesiástico).
    Os Batistas dizem que não pertencem a reforma e também não querem nem ouvir falar de ECUMENISMO de espécie nenhuma.
    Bem, com certeza, o Ecumenismo Institucional e Eclesiástico ou têm vida curta, ou se arrastarão sem chegar em lugar algum.
    Ecumenismo mesmo - o que sobrevevirá - é aquele que brotou e está vivo nos corações dos verdaeiros filhos de Deus. Corações esses, onde reina o Amor, a Misericórdia e a Alteridade.

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  2. Querido, estou imensamente de acordo com teu pensamento. Cá em Portugal, o ecumenismo das instituições come das mãos do Cardeal Patriarca de Lisboa, ou seja, não existe!
    Beijinhos.

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