23 de set. de 2009

Simpósio corajoso!

A Paróquia do Bom Pastor, em Salvador (Pituba), em parceria com a Igreja Batista Nazareth, Igreja Presbiteriana da Aliança e outras organizações, dá um passo a frente, contribuindo para a reflexão sobre sexualidade e cultura, desafio para a Igreja em termos pastorais, diaconais e missiológicos!

19 de set. de 2009

Os donos da verdade e a Verdade

Todos nós conhecemos pessoas que se acham “donas da verdade”. Elas estão por ai: na escola, no ambiente de trabalho, aparecem aos montes pela mídia, e – o que é pior – até na Igreja tem gente assim!

São aquelas pessoas para as quais quem pensa diferente delas, está errado. Só elas estão certas, só suas idéias são as corretas, só sua maneira de agir é que serve. Isso fica pior quando se trata do assunto “religião”.

Porque a experiência religiosa é algo muito pessoal, algo muito íntimo.

Imagine que eu te dê algo para comer, e te diga: “tem gosto de laranja”. Se você conhece o gosto da laranja, tudo bem, vai entender e até já imagina o sabor. Mas tente explicar para alguém que nunca viu ou provou uma laranja qual é o gosto da laranja.

Tente dizer: é meio azedo! O outro pergunta “meio azedo como o limão?” Você vai dizer, “depende, tem umas que são, mas outras são doces”... Ou seja, você só poderá explicar o sabor da laranja por semelhanças, por aproximações. O melhor mesmo é dar uma laranja ao outro, para que ele prove. E, para que ele possa realmente conhecer o sabor de laranja, terá de provar várias, de várias qualidades: as mais doces, as mais azedas... até que ele tenha em sua mente o conceito claro do sabor da laranja.

Assim é a experiência da fé e a opção por uma Comunidade de Fé. Quem teve sua experiência com Deus sabe que jamais poderá contar como ela foi, apenas pode falar sobre ela, pode usar aproximações : “uma experiência maravilhosa”, “uma sensação enorme de felicidade”, e assim por diante. A experiência com Deus é algo muito pessoal, muito íntimo... quem a teve, compreende quando outra pessoa fala sobre isso.

Mas jamais alguém poderá dizer que “minha experiência com Deus foi melhor que a tua” , assim como dizer que “quem não viveu exatamente a mesma coisa que eu, não encontrou a Deus ainda”. Quem disser isso apenas está comprovando que jamais teve uma experiência com Deus. Viveu lá uma emoção qualquer, mas um encontro com o Senhor, isso com certeza não!

Sabe por que?

Porque o Senhor sabe que somos diferentes (ele nos criou como indivíduos particulares) e conhece cada um de nós melhor que nós mesmos. Só Ele sabe como atingir a cada pessoa no coração e na mente. Aquilo que para mim foi um grande sinal do amor de Deus, talvez para você seja desapercebido ou mesmo algo meio “bobo”.

Conheço alguém que se converteu quando, caminhando pelo centro de São Paulo, em meio ao concreto e o asfalto, viu uma flor brotando de uma fresta num muro. Essa pessoa me contou que naquele momento sentiu uma paz profunda e conseguiu entender o amor de Deus: “é como essa flor, no meio de tanta pedra e concreto, ela desponta ... Deus sempre encontra uma brecha para mostrar seu amor...” Muita gente passou por aquela flor, mas nem a percebeu... Eu mesmo me surpreendi quando essa pessoa me procurou para dizer-me “Pastor, uma florzinha me convenceu do amor de Deus... quero agora estudar mais a Bíblia e me tornar um verdadeiro cristão...” e me contou essa história. Hoje, essa pessoa é ministro ordenado de uma Igreja! E têm um belo ministério.

Por isso, é muito triste quando a gente vê, na Igreja, pessoas dizendo que uma outra não tem Deus no coração porque ora de olhos abertos, ou não inclina a cabeça... ou porque usa roupa de certa cor, ou porque não gosta de certos corinhos do grupo de louvor...

Pior ainda é quando as pessoas dizem que tal Igreja não é verdadeira porque é diferente da sua... criticam negativamente outras Igrejas sem conhecerem sua História, sua Tradição... detestam a diferença!

Leia Marcos 9.38-41 e também João 10,14-16. E reflita: é correto pensar que o diferente de mim não é amado por Deus? é correto pensar que Igrejas diferentes da minha não conhecem a salvação? será que para ovelhas estarem no mesmo rebanho têm de ser todas iguais, como se uma fosse clone da outra?

Tem gente por ai querendo que a Igreja seja uma enorme comunidade de clones... por isso é tão intolerante. São “donos da verdade”, mas será que conhecem a Verdade?
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18 de set. de 2009

Perguntas... perguntas...

Quem sabe como será o nosso futuro?
Sabe como será o nosso futuro?
Como será o nosso futuro?
Será o nosso futuro?
O nosso futuro?
Nosso futuro?
Futuro?
?

?
Futuro?
Nosso futuro?
O nosso futuro?
Será o nosso futuro?
Como será o nosso futuro?
Sabe como será o nosso futuro?
Quem sabe como será o nosso futuro?
Luiz Caetano, março, 2004.
[infelizmente, os recursos de edição do Blogger não permitem que esteja na formatação original - ou então eu não sei usar essa coisa aqui! - mas consegui chegar perto do que eu havia bolado... ]
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14 de set. de 2009

Onze de Setembro!

Uma data para não ser esquecida! Um crime contra a liberdade e a democracia!

Não, não estou falando de Nova York! Estou falando de Santiago do Chile! O 11 de Setembro de Nova York não nos deixarão esquecer! a mídia se encarrega disso a cada ano, justificando o injustificável: a agressão ao povo iraquiano!

Mas do 11 de Setembro de Santiago do Chile, ninguém fala mais... afinal, e com razão, não precisamos ser lembrados que a CIA faz o que quer na América Latina, Latrina da América!

Para você recordar comigo, veja o vídeo no link abaixo (pode clicar, não é sacanagem!):
Pouco mais de três mil pessoas morreram dia 11 de Setembro em Nova York! Muitas mais morreram no Iraque, têm morrido na Palestina. Em outro 11 de Setembro, um pais inteiro foi morto em sua liberdade, em sua decisão democrática, e nos dias seguintes, brasileiros, bolivianos, argentinos, peruanos, e muitos outros que estavam no Chile ajudando a construir a opção democrática pelo socialismo, morreram assassinados a sangue frio num estádio de futebol, e nos porões dos quartéis...
Perdi vários amigos em Santiago, jovens brasileiros que, como eu à época, acreditavam em um outro mundo, em uma outra concepção de justiça. Muitos eram cristãos, e estavam engajados em cumprir a missão da vivência concreta do Evangelho, ajudando a construir uma nova sociedade no Chile, então um oásis de democracia em todo um continente subjugado pelos coturnos militares a serviço do capital internacional.
Quando você pensar nos mortos pelo terrorismo internacional lembre-se também dos chilenos, e de milhares de inocentes na América Latina, no Iraque, no Vietnan, (onde não os há?) assassinados pelo terrorismo internacional dos Estados Unidos da América e de outras potencias, alegando agir em defesa da "democracia, dos valores cristãos, da liberdade", desde que seja do interesse das elites econômicas do mundo todo.
Os sonhos já não mais existem; a vida me mostrou que não tem sentido nem há possibilidade de mudar essa realidade no pouco tempo de vida que aida tenho. Resta a esperança escatológica de que um dia haverá novo céu e nova terra. Escatológica porque eu não verei isso, e provavelmente você também, meu caro leitor!
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